Louvo os militares da Marinha que, a bordo do NRP Álvares Cabral, integrando a Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR), no âmbito da Operação Atalanta, cumpriram de forma exemplar a missão que lhes foi atribuída, na zona do Golfo de Áden e bacia da Somália, no período de abril a agosto de 2013, contribuindo de forma decisiva para os esforços internacionais no combate à pirataria.
Durante este período, o NRP Álvares Cabral, tendo como meios orgânicos embarcados um Destacamento de Helicópteros e uma equipa de abordagem, demonstrou elevados padrões de desempenho operacional, que muito contribuíram para os resultados atingidos. Salienta-se, o facto deste meio naval da Marinha Portuguesa ter desempenhado, ainda, as funções de navio-almirante da EUNAVFOR tendo a sua guarnição demonstrado, em permanência, uma disciplina e um espírito de missão irrepreensíveis na criação e manutenção das condições necessárias, para que, quer o Comandante da Força Nacional Destacada a bordo do navio, quer o Comandante da TF 465, cumprissem ao mais alto nível a missão das Forças Armadas na satisfação dos compromissos nacionais na União Europeia (UE).
Com uma elevada taxa de navegação, contabilizando 127 dias no mar, uma postura tranquila, flexível e atenta, a guarnição do NRP Álvares Cabral desenvolveu múltiplas tarefas, de vigilância e patrulha no "Corredor de Trânsito Internacional Recomendado" (IRTC), no Golfo de Áden e de reconhecimento e de recolha de informações junto à costa norte e leste da Somália, fundamentais para uma utilização, em segurança, das linhas de navegação daquela zona do globo. Destacam-se, ainda, as oito ações de abordagem e inspeção efetuadas a bordo de navios suspeitos e as três ações de assistência médica prestadas a tripulantes de navios presentes na área de operações. Cumulativamente, foi efetuada escolta a navios de apoio logístico, no âmbito da Operação de Apoio à Paz da União Africana na Somália (AMISOM).
Os excelentes resultados alcançados, só foram possíveis graças à elevada competência técnico-profissional dos militares do NRP Álvares Cabral, que lhes permitiu ultrapassar as dificuldades inerentes à Missão, nomeadamente, as que decorreram das características específicas da área de operações. Quer na fase de preparação específica, quer durante os quatro meses em que decorreu a participação, na Operação Atalanta, a guarnição desenvolveu todas as suas tarefas com elevado profissionalismo, contribuindo de forma significativa para a ajuda humanitária que foi prestada a cerca de dois milhões de Somalis, bem como para o combate à pirataria na região.
Pelas razões acima expressas, pelo inestimável contributo prestado à missão da União Europeia no Índico Ocidental, é meu dever reconhecer, publicamente, o orgulho institucional pela forma como os militares embarcados no NRP Álvares Cabral cumpriram esta Missão, da qual resultou honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal.
24 de outubro de 2013. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general.
ANEXO
Relação de militares que integraram a Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR), no âmbito da Operação Atalanta,
a bordo do NRP Álvares Cabral
(ver documento original)
207447605