Louvo o Capitão-Tenente, NII 21392, Luis Paulo dos Santos Fernandes, pela forma altamente honrosa e brilhante como desempenhou as funções de Oficial Adjunto para as Comunicações no Centro de Situação e Operações Conjunto (CSOC), do Comando Operacional Conjunto, ao longo dos últimos três anos e meio.
Oficial dotado de elevado espírito de missão e de iniciativa, com grande capacidade de análise e perspicácia, tem à sua responsabilidade as comunicações e sistemas de informação que permitem o acompanhamento das Forças Nacionais Destacadas (FND) nos vários Teatros de Operações (TO) em que operam, assegurando eficientemente e em permanência, o exercício do comando e controlo do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Neste âmbito salienta-se a sua particular contribuição na condução da Operação MANATIM em 2012, onde demonstrou através da sua iniciativa, elevados conhecimentos técnicos de CSI e um elevado sentido de missão, apresentando soluções que permitiram que as comunicações entre a FRI e o Estado-Maior da CTF 477 estivessem sempre operacionais, permitindo o permanente exercício do Comando e Controlo da Força na Área de Operações Conjunta que então foi estabelecida.
A permanente disponibilidade e abnegação demonstradas no exercício das suas funções, assim como a vontade de bem servir, têm permitido que na sua qualidade de Oficial responsável pela área de Infosec/Compusec do CSOC e na qualidade de Site Security Officer da rede secreta da NATO (NSWAN), se tenham atingido em tempo útil, níveis elevados de resposta e de qualidade, já reconhecidos, quer a nível nacional, quer pela NATO, em concreto no apoio de Comunicações e Sistema de Informação (CSI) aos vários enclaves da Rede Segura das Forças Armadas (RESFA), na criação das contas NSWAN, na gestão da Active Directory e na gestão partilhada de informação e das políticas de segurança implementadas.
Como Chefe do Posto de Controlo OTAN do Centro de Situação foi responsável pela gestão das publicações classificadas e cifra, assegurando a ligação ao Sub-Registo do EMGFA no âmbito dos processos de credenciação NATO e nacionais, até à sua extinção este ano, tendo sempre garantido a sua segurança e confidencialidade.
Deve ser enaltecida a sua inexcedível capacidade e qualidade na preparação de diversos produtos de estado-maior, nomeadamente os brífingues sobre a situação das FND, os conteúdos para as reuniões de Chiefs of Defense (CHOD) e ministeriais de Defesa, a realização das VTC com os vários Teatros de Operações e com elementos da Segurança Interna, como aconteceu no âmbito da Cimeira da NATO em 2010, realizada em Lisboa. Para o efeito é de sobrelevar o seu contributo para a elaboração do Plano de Comunicações de Contingência das Forças Armadas (FFAA), no qual se assegurava a ligação entre as Forças de Segurança e de Defesa para o referido evento, tendo ficado claro a sua aptidão para assumir tarefas mais complexas e de maior responsabilidade.
Salienta-se ainda a sua participação e contributo para a elaboração do relatório sobre o levantamento do Centro de Comunicações Sistemas e Tecnologias de Informação e Cifra (CENCOMSTIC) bem como o trabalho por si realizado como representante do EMGFA para a integração das FFAA na rede do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), no qual foi responsável pela elaboração do conceito de emprego operacional e respetiva arquitetura de rede que está a ser implementada.
Como Oficial de ligação do Centro de Operações Conjunto para os exercícios CMX e CYBER DEFENCE, nos anos 2011 e 2012, evidenciou grandes capacidades técnicas, administrativas e de cooperação, que foram amplamente reconhecidas pelas entidades apoiadas, bem como aquando da realização das ligações seguras e VTC do COC com a Presidência do Conselho de Ministros para efeitos de situações de crise. Na série dos exercícios LUSÍADA, teve uma participação extremamente ativa no treino, planeamento operacional e execução dos mesmos.
Face ao anteriormente exposto, é de toda a justiça reconhecer publicamente as excecionais qualidades e virtudes militares e pessoais que creditam o Capitão-Tenente Santos Fernandes como sendo um oficial de elevada craveira, que pautou sempre a sua atuação pela afirmação constante de elevados dotes de caráter, devendo, os serviços por si prestados, serem considerados, extraordinários, relevantes e distintos, de que resultou honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal.
18 de janeiro de 2013. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general.
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