Louvo o Capitão-de-mar-e-guerra, NII 22278, Jorge Manuel Novo Palma, pela forma extraordinariamente competente, profissional e muito meritória como, ao longo dos últimos dois anos, contribuiu para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas, no desempenho do seu cargo de Comandante da Força de Reação Imediata (FRI).
No desempenho das suas funções, por vezes muito complexas, o Capitão-de-mar-e-guerra Novo Palma, revelou-se um Oficial de elevado dinamismo, extraordinária capacidade de trabalho e um espírito de iniciativa ímpar, qualidades bem patentes na sua constante preocupação e acentuado zelo, colocados na execução das múltiplas tarefas inerentes à sua ação de Comando.
No âmbito das suas atribuições é de toda a justiça destacar o seu inexcedível contributo para a implementação da estrutura de Crisis Establishment da FRI, refletido no elevado espírito de cooperação, capacidade de organização e na forma extremamente profissional e atenta como desenvolveu e apoiou as diversas iniciativas, no sentido de que, essa implementação, se fizesse de forma rápida e integrada, face ao caráter conjunto da Força. Nesse sentido, a sua elevada competência técnica, o enorme espírito prático e o perfeito sentido do Dever, caracterizaram-no como um efetivo elemento aglutinador da estrutura, facilitando, significativamente, a flexibilidade e celeridade deste complexo processo. Relevo, ainda, para a sua ação decisiva na componente documental deste processo, particularmente, no cuidado e pormenor evidenciados no estabelecimento dos fluxos da informação, na elaboração dos diversos Planos, ou ainda no esforço de elaboração das respetivas Normas de Execução Permanentes (NEP) e da integração das mesmas com as do Comando Operacional Conjunto, de que dependia para efeitos operacionais e de treino, aspetos fulcrais na integração pretendida.
As elevadas qualidades e virtudes militares do Capitão-de-mar-e-guerra Novo Palma ficaram indelevelmente plasmadas, na forma irrepreensível e exemplarmente profissional como comandou a FRI no decurso da Operação MANATIM, operação conjunta desencadeada para uma eventual evacuação de cidadãos não combatentes da Guiné-Bissau. O interiorizado Sentido do Dever, correta interpretação das ordens e diretivas superiores e a sua liderança próxima e ímpar, permitiram-lhe desempenhar, de forma notável, esta exigente missão, o que lhe granjeou a consideração e o respeito de superiores e subordinados. De facto, a sua capacidade de planeamento e organização e o cuidado colocado na atenção de todos os pormenores, na conduta da Operação, aliados à sua capacidade de previsão, consciência situacional e espírito de iniciativa, muito apurados, são qualidades que lhe permitiram a manutenção permanente e eficaz da ação de comando e o controlo da Operação, apesar da complexidade da mesma, face às distâncias e à dispersão dos meios humanos e materiais envolvidos. Pela sua extraordinária conduta, este Oficial, contribuiu, decisivamente, para que a ação militar se constituísse como uma resposta determinada e credível à situação interna, vivida na Guiné-Bissau, garantindo, também, que a mesma decorresse, sempre, de acordo com os objetivos superiormente determinados, o que motivou o seu reconhecimento público pelas mais altas entidades da Nação. Ainda, neste âmbito é notável a sua preocupação na recolha e posterior difusão das lições apreendidas durante a Operação MANATIM, aspeto que se revelou como um pilar fundamental para a execução do exercício LUSÍADA 12, no qual também veio a participar, dirigindo a célula de controlo (EXCON).
Já, neste âmbito, merece igualmente destaque, o seu precioso contributo para a execução do maior exercício nacional conjunto, onde, mercê das suas reconhecidas qualidades humanas e profissionais deu um forte impulso em todas as fases da sua execução. A credibilidade e o reconhecimento do exercício, como peça nuclear para o treino e a certificação do Comando e Estado-Maior da FRI, para 2013, capitalizaram, em muito, na experiência pessoal e profissional recolhida durante a Operação real que comandou e que de modo tão criativo e hábil, soube transmitir, a todos os níveis de decisão, durante o LUSÍADA 12.
No exercício das suas funções, o Capitão-de-mar-e-guerra Novo Palma evidenciou-se como um Oficial muito sóbrio, de sólida formação ética e moral e patenteando excecionais virtudes militares, constituindo-se, permanentemente, pela sua irrepreensível conduta militar e elevada determinação, na prossecução dos objetivos atribuídos, como uma referência para aqueles que com ele lidaram. As suas qualidades pessoais, aliadas a uma elevada capacidade técnico-profissional e exemplar sentido do Dever, evidenciaram-se, ainda, na dinâmica que imprimiu na interligação entre os três Ramos das Forças Armadas, contribuindo, assim, para uma maior flexibilidade, sinergia e cooperação entre eles, mas também com outros Ministérios com responsabilidades de atuação na respetiva esfera de ação.
Deste modo, pelas qualidades anteriormente evidenciadas e, ainda, pelas virtudes pessoais e militares, de que se destacam, a lealdade, a frontalidade, o espírito de sacrifício e a notável capacidade de liderar pelo exemplo, tornam o Capitão-de-mar-e-guerra Novo Palma merecedor de ver reconhecido o seu extraordinário desempenho e notável contributo para o prestígio e cumprimento da Missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas, devendo os serviços por si prestados serem considerados, extraordinários, distintíssimos e relevantes, de que resultou, honra e lustre para as Forças Armadas e para a Pátria.
28 de dezembro de 2012. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general.
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