Fernando II rodeou o palácio de um vasto parque romântico plantado com árvores raras e exóticas, decorado com fontes, de cursos de água e de cadeias de lagos, de chalets, capelas, falsas ruínas, e percorrido de caminhos mágicos sem paralelo em nenhum outro lugar. O rei tomou também o cuidado de restaurar as florestas da serra onde milhares de árvores foram plantadas, principalmente carvalhos e pinheiros mansos indígenas, ciprestes mexicanos, acácias da Austrália, e tantas outras espécies que contribuem perfeitamente para o carácter romântico da serra. A corte e os nobres do País estabeleciam-se em Sintra e nas vertentes norte da serra, ao longo das quais foram erguendo sumptuosas villas e quintas rodeadas de jardins e parques de estilo artístico e de uma flora luxuriante. Por outro lado, a solidão da serra e suas florestas atraíam monges e eremitas que a enriqueciam de conventos e de ermitérios introduzindo-lhe o aspecto religioso-cultural. Assim evoluiu na serra de Sintra uma paisagem cultural de um valor eminente e singular. Do ponto de vista mais natural, associa componentes das floras mediterrânicas e setentrionais a centenas de árvores e flores exóticas num quadro de jardins, parques e florestas verdadeiramente único.
Assim:
1 - Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 72.º do Decreto-Lei 309/2009, de 23 de Outubro, torna-se público que, em 1995 foi incluído na lista indicativa do Património Mundial da UNESCO o conjunto conhecido por Paisagem Cultural de Sintra, localizada nas freguesias São Pedro de Penaferrim, Colares, Santa Maria e São Miguel e São Martinho, concelho de Sintra, distrito do Lisboa.2 - Publica-se no anexo i a planta de implantação incluindo a respectiva zona especial de protecção e no anexo ii a planta de localização.
22 de Julho de 2010. - Pela Ministra da Cultura, Elísio Costa Santos Summavielle, Secretário de Estado da Cultura.
ANEXO I
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203525885