1.º O § 1.º das observações ao programa de Língua Portuguesa terá esta redacção:
Destinando-se a continuar, completar e aprofundar, com os indispensáveis reajustamentos, as matérias enunciadas para o ciclo primário elementar, a esquematização programática para o curso complementar (5.ª e 6.ª classes) visa essencialmente o aspecto vivo e dinâmico da linguagem, com a condenação implícita de um gramaticalismo que venha a sobrepor-se à correcta expressão oral e escrita.
2.º No programa de História de Portugal para a 6.ª classe o parágrafo relativo à política
ultramarina terá a seguinte redacção:
Política ultramarina no século XIX ; as grandes explorações portuguesas em África; apacificação: principais factos e figuras.
3.º Deverá ser eliminado o último parágrafo das observações ao programa de História dePortugal.
4.º No programa de Ciências Geográfico-Naturais para a 5.ª classe deverão fazer-se asseguintes alterações:
a) Os dois primeiros parágrafos de II, 3), serão assim redigidos:3) Alimentos: amiláceos, gorduras e proteínas. Plantas mais comuns como fontes de amido na alimentação humana, cereais panificáveis, legumes, mandioca, etc.
Plantas oleaginosas mais comuns como fontes de gordura; a oliveira, as palmeiras, o amendoim, a purgueira, o algodão e a mafurra. Gorduras de origem animal; a banha, a
manteiga e o seu fabrico.
b) O terceiro parágrafo de III, 2), terá esta redacção:Ciclos industriais do fabrico de têxteis. A casa. Materiais de construção e algumas das suas propriedades. As argamassas (o barro, a cal e o cimento); rochas empregadas no seu fabrico (argilas, margas, calcários e areias). Coberturas. O vidro (breve alusão ao seu fabrico). Comportamento do vidro em relação à luz. Corpos transparentes, translúcidos e opacos. Comparticipação das plantas nos materiais de construção da casa. As partes lenhosas do caule (referência ao cerne). Propriedades mais desejáveis das boas madeiras.
Breve referência à organização das serrações. O aquecimento da casa - combustão de lenhas e carvões e eliminação dos produtos da combustão pelas chaminés - e a refrigeração; a electricidade e o gás como fontes de calor com referência aos aparelhos electrodomésticos mais usados. A iluminação da casa (breve resumo histórico dos meios de iluminação utilizados pelo homem). Higiene da habitação com referência ao
abastecimento de água e tipos de esgotos.
c) Os três primeiros parágrafos de III, 3), serão assim redigidos:
3) Elementos do meio hostis ao homem:
De origem vegetal. - Plantas parasitas e saprófitas (referência aos fungos que destroem as madeiras e aos bolores mais comuns). Estudo monográfico de um fungo da região. As bactérias como causa de muitas doenças do homem.De origem animal. - Animais daninhos (os roedores e os carnívoros). Estudo monográfico de um destes animais encontrados na região. As doenças causadas por micróbios transmitidos ao homem por certos insectos (referência ao sezonismo, à doença do sono e à bilharzíase). Estudo monográfico do mosquito. As moscas como portadoras de doenças.
Fenómenos violentos de origem telúrica. - Os vulcões (breve referência a vulcões em actividade e extintos, sem a preocupação exaustiva da sua distribuição pelo Mundo).
Algumas zonas vulcânicas do mundo português (Açores, Madeira, Cabo Verde, etc.).
Sismos (explicação sucinta dos fenómenos sísmicos; ilustração desta explicação pela referência histórica do terramoto de Lisboa em 1755). Tempestades atmosféricas. O movimento do ar a altas velocidades (tornados, furacões, ciclones e depressões tropicais) e a pressão atmosférica como causa destes movimentos. Aparelhos de avaliação da pressão atmosférica (barómetros, referência à experiência de Torricelli). A pressão atmosférica como consequência do peso do ar. Experiências simples demonstrativas de que o ar é pesado. Variações do peso do ar com a temperatura. A humidade atmosférica arrastada pelas correntes aéreas. Ventos húmidos e secos. Precipitação (chuvas, saraiva, neve). Breve descrição dos aparelhos de avaliação da humidade atmosférica (higrómetros e higroscópios). Referência aos pluviómetros como aparelhos de medida da precipitação.
As nuvens e os nevoeiros. Fenómenos eléctricos na atmosfera. As trovoadas. Referência
ao pára-raios.
d) Na rubrica Actividades práticas específicas, do mesmo programa, as recomendações «Visitas de estudo a fábricas de fiação e tecelagem. Emprego de meios audiovisuais» e «Visitas de estudo fábricas de vidros e de cerâmica» devem ser substituídas por uma única, assim redigida: «Visitas de estudo a fábricas. Emprego de meios audiovisuais».5.º O programa de Ciências Geográfico-Naturais, para a 6.ª classe, terá a seguinte
redacção:
I
As actividades do homem perante o meio em que vive:(Nota à margem: Observação e desenho de mapas esquemáticos. Passeios de estudo nos arredores da escola para observação de acidentes topográficos.)
1) O meio geográfico:
Os continentes e os oceanos; situação geográfica de uns e de outros. Alguns acidentes do contorno continental (cabos, baías, golfos). Depressões e elevações; exemplos típicos (mares interiores e grandes lagos; montanhas, serras, montes, respectivamente).Planícies. Os rios (nascente, foz, margens, afluentes); bacias hidrográficas dos rios; acção modeladora da crosta terrestre pelos rios (erosão); terrenos de aluvião (lezírias).
2) O meio humano:
Os aglomerados humanos (aldeias, vilas, cidades) e povoamento rural disperso. Divisões administrativas de Portugal metropolitano e ultramarino. Nações. Principais nações do Mundo com relevo particular para as que mantêm relações político-económicas comPortugal.
Cidades - capitais destas nações. O governo das nações.Autoridades administrativas do distrito, do concelho ou circunscrição e da freguesia ou
posto administrativo.
3) As comunicações:
Vias de comunicação terrestres, aquáticas e aéreas. Os caminhos vicinais e as estradas municipais, nacionais e internacionais. As auto-estradas. As vias fluviais e marítimas.Alguns portos mais importantes do mundo português e do mundo em geral como testas de ponte de carreiras marítimas internacionais. Aeroportos portugueses notáveis pelo papel que desempenham nas carreiras aéreas internacionais (Lisboa, Santa Maria e Lajes, nos Açores; Sal, em Cabo Verde; Luanda, em Angola; Beira e Lourenço Marques, em Moçambique). Necessidade de regras de trânsito para utilizar as vias de comunicação;
importância do seu rigoroso cumprimento (revisão das regras de trânsito mais importantes e sinais convencionais usados internacionalmente).
(Nota à margem: Visitas, se possível, a barragens e albufeiras.)
4) O meio económico:
O solo agrícola, seus componentes fundamentais. Rentabilidade do solo em relação com os seus componentes e com a presença da água. Grandes obras de hidráulica agrícola.Culturas regadas e sua influência na distribuição das populações. Obras de enxugo.
Fertilizantes do solo (os adubos de origem mineral e a matéria orgânica). Microrganismos do solo. O revestimento florestal como elemento de luta contra a erosão. Principais espécies florestais existentes no mundo português.
(Nota à margem: Organização de um pequeno museu com amostras dos principais tipos
de madeira.)
Outros aspectos económicos da exploração das florestas nacionais (madeiras, celulose,resinas).
(Nota à margem: Desenho de mapas esquemáticos de distribuição geográfica de algumasespécies florestais.)
A fruticultura. A preparação dos pomares industriais (referência muito breve às condições climáticas exigidas pelas árvores frutíferas).(Nota à margem: Visitas a pedreiras e instalações em que se trabalha a pedra.) O subsolo. Principais minérios explorados em Portugal com referências às regiões onde se localizam as respectivas minas. As pedreiras, sua exploração.
II
O homem como animal racional:
A linguagem como elemento de comunicação entre os homens.A vida espiritual do homem (sentimentos de solidariedade e fraternidade humanas que levam à constituição de sociedades distintas das constituídas pelos outros animais). A religião como necessidade transcendente do homem para explicação da ordem e harmonia do meio cósmico em que vive e como resposta para as questões formuladas pela ansiedade do homem na descoberta dos princípios de causalidade dos fenómenos que
acontecem no seu mundo.
6.º O § 1.º do programa de Desenho para a 6.ª classe terá a seguinte redacção:D. S. E. - Temas de memória ou de evocação: narrativas, poemas, fábulas, filmes, cenas de jogos, do trabalho, do recreio e de emissões radiofónicas. Observação do movimento e
das atitudes.
Trabalhos colectivos.
Ministério do Ultramar, 8 de Junho de 1968. - O Ministro do Ultramar, JoaquimMoreira da Silva Cunha.
Para ser publicada no Boletim Oficial de todas as províncias ultramarinas. - J. daSilva Cunha.