Louvor 1129/2005. - No termo da vida profissional activa na função pública, é justo reconhecer à Dr.ª Maria Edite Venâncio Mateus Soares Duarte um público louvor.
As exemplares qualidades profissionais sempre estiveram aliadas a uma conduta ética irrepreensível. A capacidade de diálogo e compreensão pelos problemas dos outros transformaram-se numa pedra de toque essencial para que as equipas que liderou pudessem assumir plenamente uma dimensão em que o desempenho eficiente das tarefas e responsabilidades é um elemento para que todos possam ter uma vida melhor.
Profunda conhecedora da indústria, passou pela escola do INII - Instituto Nacional de Investigação Industrial na década de 70, integrando depois as estruturas que originaram a DGI - Direcção-Geral da Indústria. Aí esteve particularmente ligada aos problemas da indústria química, nomeadamente da indústria farmacêutica e das questões da propriedade industrial, tendo sido directora de serviços durante cerca de duas décadas. Posteriormente assumiu ainda funções como subdirectora-geral da Indústria, estando hoje integrada na Direcção-Geral da Empresa, onde mantém activamente um papel relevante em temas bem reveladores do seu carácter: responsabilidade social das empresas e as novas questões do mercado interno dos serviços.
Aberturas ao novo, profissionalismo, trato afável, preocupação pelos outros, espírito de missão em prol da indústria, do desenvolvimento económico e da qualidade de vida são traços marcantes da sua vida profissional.
Estas características da Dr.ª Edite Duarte moldaram gerações de quadros e funcionários que, como eu, vêem no seu exemplo a medida do seu próprio caminho. Aproximando-se a aposentação, estaremos todos tentados a dizer que será com pena que a vemos partir para outros desafios pessoais e profissionais, mas talvez seja mais relevante dizer que é com esperança que aspiramos a que o seu exemplo frutifique. A Administração Pública precisa, para que seja eficiente no desempenho, de profissionais que se inspirem no exemplo da Dr.ª Edite Duarte. Que este público louvor seja também um instrumento para que tal aconteça.
22 de Março de 2005. - O Director-Geral, João Correia Neves.