Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda

Aviso DD3093, de 30 de Agosto

Partilhar:

Sumário

Torna público o Acordo por troca de notas entre Portugal e o Irão sobre a Abolição de Vistos em Passaportes.

Texto do documento

Aviso

Por ordem superior se torna público que foi celebrado em Teerão, em 13 de Junho de 1977, um Acordo por troca de notas entre Portugal e o Irão sobre a Abolição de Vistos em Passaportes, cujo texto original, em francês e inglês, e respectiva tradução vão publicados em anexo ao presente aviso.

Direcção-Geral dos Serviços Centrais, 29 de Julho de 1977. - O Director-Geral, Francisco Grainha do Vale.

Téhéran, le 11 juin 1977.

Monsieur le Ministre;

J'ai l'honneur de porter à votre connaissance que le Gouvernement Portugais, afin de faciliter les déplacements des ressortissants de nos deux pays entre le Portugal et l'Iran, est disposé de conclure avec le Gouvernement Iranien un accord sur l'abolition réciproque des visas, dans les termes suivants:

1) Les ressortissants portugais peuvent, quel que soit le lieu de leur départ et en vue d'un séjour n'excédant pas 90 jours, se rendre sans visa sur le territoire iranien et en sortir, sous le seul couvert de leur passeport national en cours de validité.

2) Les ressortissants portugais désirant séjourner en Iran pour une période supérieure à 90 jours ou y exercer une activité lucrative devront obtenir au préalable un visa (qui sera délivré gratuitement) des autorités diplomatiques ou consulaires compétentes.

3) Les ressortissants iraniens peuvent, quel que soit le lieu de leur départ et en vue d'un séjour n'excédant pas 90 jours, se rendre sans visa sur le territoire portugais et en sortir, sous le seul couvert de leur passeport national en cours de validité.

4) Les ressortissants iraniens désirant séjourner au Portugal pour une période supérieure à 90 jours ou y exercer une activité lucrative devront obtenir au préalable un visa (qui sera délivré gratuitement) des autorités diplomatiques ou consulaires compétentes.

5) Les ressortissants portugais et iraniens établis regulièrement sur le territoire, respectivement, de l'Iran et du Portugal peuvent le quitter et y revenir, sans visa, sous le seul couvert de leur passeport national en cours de validité, pendant toute la durée de la validité de leur titre de séjour en Iran ou au Portugal.

6) Les autorités portugaises et iraniennes compétentes se réservent le droit de refuser l'entrée dans leur territoire respectif de tout personne qu'elles considèrent comme indésirable.

7) Les autorités portugaises et iraniennes compétentes s'engagent à réadmettre sur leur territoire respectif, à tout moment et sans formalité, tout titulaire du document visé aux paragraphes 1 et 3 et délivré par elles, mêmes dans le cas où la nationalité de l'intéressé serait contestée.

8) Sauf en ce qui concerne les dispositions qui précèdent, les lois et règlements en vigueur dans chacun des deux pays concernant l'entrée, le séjour et l'établissement temporaire ou permanent des étrangers en Iran et au Portugal, ainsi que l'exercice d'une activité lucrative, restent, respectivement, applicables.

9) Les autorités portugaises et iraniennes compétentes se réservent aussi le droit de suspendre temporairement l'application des dispositions susmentionnées, relatives aux citoyens de l'autre Partie Contractante (paragraphes 1 à 6 et 8), pour des raisons de sécurité, d'ordre public ou de santé publique. Dans cette éventualité, la suspension sera notifiée immédiatement par la voie diplomatique et, si possible, après entente préalable. La même notification aura lieu lorsque la suspension sera levée.

Sila proposition susmentionnée se trouve agréée par le Gouvernement Impérial de l'Iran, j'ai l'honneur de proposer que la présente lettre et la réponse affirmative que vous voudrez bien m'adresser, constitueront un accord entre nos deux Gouvernements à ce sujet. Cet accord entrera en vigueur à partir du 1er septembre 1977, aura une durée indéterminée et pourra être denoncé par l'un ou l'autre Gouvernement avec un préavis de trois mois.

Veuillez agréer, Monsieur le Ministre, les assurances de ma très haute considération.

Francisco Paulo Mendes da Luz, Ambassadeur du Portugal.

Legal Department - No. 3980/18 - Date: 23/3/2536 (13/6/77).

Mr. Ambassador:

I have the honour to acknowledge the receipt of Your Excellency's letter dated 11th June, 1977 (21st Khordad 2536), as follows:

Mr. Minister, I have the honour to inform Your Excellency that the Portuguese Government, with the purpose of expedite the entry and exit of citizens of our two countries, in and out of Portugal and Iran, is willing to conclude with the Iranian Gouvernment an agreement for the reciprocal visa abolition, within the following terms:

1) The portuguese nationals can enter iranian territory without a visa for a maximum stay of 90 days, no matter the place of their depart, only holding a valid national passport.

2) The portuguese nationals who are willing to stay in Iran for a period over the 90 days or who are intending to work in Iran should obtain a visa prior to their arrival from the competent diplomatic or consular authorities (this visa will be given free of charge).

3) The iranian nationals can enter portuguese territory without a visa for a maximum stay of 90 days, no matter the place of their depart, only holding a valid national passport.

4) The iranian nationals who are willing to stay in Portugal for a period over the 90 days or who are intending to work in Portugal should obtain a visa prior to their arrival from the competent diplomatic or consular authorities (this visa will be given free of charge).

5) The portuguese and iranian nationals who are residents respectively in iranian and portuguese territories, can leave and enter the countries without a visa just holding their valid national passports, while their resident documents are valid in Iran or in Portugal.

6) The competent portuguese and iranian authorities will hold the right to prevent the entry in their respective territories of all the people they consider undesirable.

7) The competent portuguese and iranian authorities will undertake in their respective territories, any time and without any formalities, the holders of the documents under paragraphes 1 and 3, even in case the nationality of the person is doubtful.

8) Except in what concerns the abovesaid dispositions, the laws and regulations valid in each of the two countries regarding the entry, the stay and the temporary or permanent settlement of the foreigners in Iran and Portugal, as well as the practice of payable activities, will remain respectively in force.

9) The competent portuguese and iranian authorities will also reserve the rights of suspending temporarily the execution of the above-mentioned dispositions, concerning the nationals of the other contracting Party (paragraphes 1 to 6 and 8) for security reasons, public reasons or public health. In this case, the suspension of the regulation will be immediately notified through diplomatic ways, and, if possible, after prior agreement. The elimination of the regulation suspended will be announced in the same way.

If this proposal meets the Imperial Government's agreement, I have the honour to propose that this letter, as well as the agreing reply that you will send me, will constitute an agreement between our two Governments on the subject.

The agreement will be in force from the 1st of September 1977, with an undeterminate duration and can be dissolved by one or the other Government with a prior announcement of 3 months.

I have the honour to announce to Your Excellency the agreement of my Government.

I avail myself of the opportunity to renew the assurances of my highest consideration.

The Minister of Foreign Affairs:

Abbas Ali Khalatbary.

Embaixada de Portugal em Teerão, 11 de Junho de 1977.

Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros - Excelência:

Tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Ex.ª que o Governo Português, a fim de facilitar as deslocações dos cidadãos dos nossos dois países entre Portugal e o Irão, está disposto a concluir um acordo com o Governo Iraniano sobre a abolição recíproca de vistos, nos termos seguintes:

1) Os cidadãos portugueses podem, qualquer que seja o lugar da sua partida e para uma estada não ultrapassando noventa dias, deslocar-se sem visto para o território iraniano e sair unicamente munidos dos seus passaportes nacionais dentro do prazo de validade.

2) Os cidadãos portugueses que desejam permanecer no Irão por um período superior a noventa dias ou lá desempenhar uma actividade lucrativa deverão obter previamente um visto (que será gratuito) por parte das autoridades diplomáticas ou consulares competentes.

3) Os cidadãos iranianos podem, qualquer que seja o lugar da sua partida e para uma estada não ultrapassando noventa dias, deslocar-se sem visto para o território português e sair unicamente munidos dos seus passaportes nacionais dentro do prazo de validade.

4) Os cidadãos iranianos que desejam permanecer em Portugal por um período superior a noventa dias ou lá desempenhar uma actividade lucrativa deverão obter previamente um visto (que será gratuito) por parte das autoridades diplomáticas ou consulares competentes.

5) Os cidadãos portugueses e iranianos estabelecidos legalmente no território, respectivamente, do Irão e de Portugal podem deixá-lo e voltar, sem visto, unicamente munidos dos seus passaportes nacionais dentro do prazo de validade, durante todo o período de validade da sua autorização de residência no Irão ou em Portugal.

6) As autoridades competentes portuguesas e iranianas reservam-se o direito de recusar a entrada no respectivo território de qualquer pessoa que considerem indesejável.

7) As autoridades competentes portuguesas e iranianas obrigam-se a readmitir nos seus respectivos territórios, em qualquer altura e sem formalidades, os titulares dos documentos citados nos parágrafos 1 e 3 emitidos por elas, mesmo no caso de a nacionalidade do interessado ser contestada.

8) Salvo no que se refere às disposições precedentes, as leis e regulamentos em vigor em cada um dos dois países referentes a entrada, estada e residência temporária ou permanente dos estrangeiros no Irão e em Portugal, assim como o exercício de uma actividade lucrativa, permanecem respectivamente aplicáveis.

9) As autoridades portuguesas e iranianas competentes reservam-se também o direito de suspender temporariamente a aplicação das disposições já mencionadas relativas aos cidadãos da outra Parte Contratante (parágrafos 1 a 6 e 8) por razões de segurança, de ordem e saúde pública. Nesta eventualidade, a suspensão será notificada imediatamente por via diplomática e, se possível, depois de prévio acordo. A mesma notificação será feita quando a suspensão for levantada.

Se a proposta acima mencionada for aprovada pelo Governo Imperial do Irão, tenho a honra de propor que a presente carta e a resposta afirmativa que V. Ex.ª se dignará enviar-me formarão um acordo entre os nossos dois Governos sobre este assunto.

Este acordo entrará em vigor a partir do dia 1 de Setembro de 1977, terá uma duração indeterminada e poderá ser denunciado por qualquer dos Governos com um pré-aviso de três meses.

Queira, Sr. Ministro, receber a expressão da minha mais alta consideração.

Francisco Paulo Mendes da Luz, Embaixador de Portugal.

Departamento Legal - N.º 3980/18 - Data: 23/3/2536 (13/6/77).

Exmo. Sr. Embaixador:

Tenho a honra de acusar a recepção da carta de V. Ex.ª, datada de 11 de Junho de 1977 (21 Khordad 2536), como segue:

Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros - Excelência:

Tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Ex.ª que o Governo Português, a fim de facilitar as deslocações dos cidadãos dos nossos dois países entre Portugal e o Irão, está disposto a concluir um acordo com o Governo Iraniano sobre a abolição recíproca de vistos nos termos seguintes:

1) Os cidadãos portugueses podem, qualquer que seja o lugar da sua partida e para uma estada não ultrapassando noventa dias, deslocar-se sem visto para o território iraniano e sair unicamente munidos de passaportes nacionais dentro do prazo de validade.

2) Os cidadãos portugueses que desejam permanecer no Irão por um período superior a noventa dias ou lá desempenhar uma actividade lucrativa deverão obter previamente um visto (que será gratuito) por parte das autoridades diplomáticas ou consulares competentes.

3) Os cidadãos iranianos podem, qualquer que seja o lugar da sua partida e para uma estada não ultrapassando noventa dias, deslocar-se sem visto para o território português e sair unicamente munidos dos seus passaportes nacionais dentro do prazo de validade.

4) Os iranianos que desejam permanecer em Portugal por um período superior a noventa dias ou lá desempenhar uma actividade lucrativa deverão obter previamente um visto (que será gratuito) por parte das autoridades diplomáticas ou consulares competentes.

5) Os cidadãos portugueses e iranianos estabelecidos legalmente no território, respectivamente, do Irão e de Portugal podem deixá-lo e voltar, sem visto, unicamente munidos dos seus passaportes nacionais dentro do prazo de validade, durante todo o período de validade da sua autorização de residência no Irão ou em Portugal.

6) As autoridades competentes portuguesas e iranianas reservam-se o direito de recusar a entrada no respectivo território de qualquer pessoa que considerem indesejável.

7) As autoridades competentes portuguesas e iranianas obrigam-se a readmitir nos seus respectivos territórios, em qualquer altura e sem formalidades, os titulares dos documentos citados nos parágrafos 1 e 3 emitidos por elas, mesmo no caso da nacionalidade do interessado ser contestada.

8) Salvo no que se refere às disposições precedentes, as leis e regulamentos em vigor em cada um dos dois países referentes a entrada, a estada e a residência temporária ou permanente dos estrangeiros no Irão e em Portugal, assim como o exercício de uma actividade lucrativa permanecem respectivamente aplicáveis.

9) As autoridades portuguesas e iranianas competentes reservam-se também o direito de suspender temporariamente a aplicação das disposições já mencionadas relativas aos cidadãos da outra Parte Contratante (parágrafos 1 a 6 e 8) por razões de segurança, de ordem e saúde pública. Nesta eventualidade, a suspensão será notificada imediatamente por via diplomática e, se possível, depois de prévio acordo. A mesma notificação será feita quando a suspensão for levantada.

Se a proposta acima mencionada for aprovada pelo Governo Imperial do Irão, tenho a honra de propor que a presente carta e a resposta afirmativa que V. Ex.ª se dignará enviar-me formarão um acordo entre os nossos dois Governos sobre este assunto.

Este acordo entrará em vigor a partir do dia 1 de Setembro de 1977, terá uma duração indeterminada e poderá ser denunciado por qualquer dos Governos com um pré-aviso de três meses.

Tenho a honra de informar V. Ex.ª do acordo do meu Governo.

Aproveito a oportunidade para renovar a expressão da minha mais alta consideração.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros:

Abbas Ali Khalatbary.

Anexos

  • Texto integral do documento: https://dre.tretas.org/pdfs/1977/08/30/plain-216995.pdf ;
  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/216995.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

O URL desta página é:

Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda