Louvor 703/2000. - Louvo o capitão médico NIM 04806084, Joaquim Dias Cardoso, pela forma digna, competente e extremamente dedicada como desempenhou as funções de médico do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-Quedista Reforçado, que participou na Força de Manutenção de Paz da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor Leste (UNTAET) de 7 de Fevereiro a 15 de Agosto de 2000.
Quer durante o período de preparação do Batalhão, quer durante toda a missão, revelou-se um profissional com excelente capacidade de adaptação, tendo em conta todas as dificuldades encontradas. Manifestando grande aptidão para bem servir nas mais diferentes circunstâncias, demonstrou ser possuidor de uma sempre elevada capacidade de trabalho e de organização, praticando actos de esclarecido e excepcional zelo. De referir o rigor com que se empenhou em todos os actos médicos que praticou, o que em muito contribui para o bem-estar físico e emocional das nossas forças e dos naturais timorenses que o procuraram. Registe-se ainda que o seu diagnóstico e modo de actuação foram fulcrais para evitar o falecimento do soldado Diamantino Prates, vítima de uma violenta pneumonia atípica.
Ao longo da missão, demonstrou sempre excepcional competência profissional e capacidade de trabalho nas missões que lhe foram confiadas, revelando elevadas qualidades de abnegação e sacrifício exemplares, daí resultando uma imagem pública que importa destacar e apontar como referência.
Militar detentor de uma vasta cultura, educado e com elevados dotes de carácter, revelando, a par dos conhecimentos científico, um humanismo e dedicação aos doentes extrema, vontade de ensinar e de ajudar o próximo, sempre praticou com elevado grau a virtude da lealdade, granjeando a estima e consideração de todos os que com ele privaram e mostrando-se assim digno de ocupar postos de maior risco e responsabilidade pela afirmação constante de reconhecida coragem moral.
Pelas excepcionais qualidades e virtudes militares e humanas demonstradas, é o capitão médico Joaquim Cardoso digno de ser apontado ao respeito e consideração pública, devendo os serviços por si prestados ser considerados como relevantes e de elevado mérito, prestigiando desta forma o Exército e as Forças Armadas Portuguesas.
21 de Agosto de 2000. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Gabriel Augusto do Espírito Santo, general.