Louvor 702/2000. - Louvo o capitão de engenharia NIM 07096091, Carlos Alberto Rocha Afonso, pela forma extraordinariamente competente e dedicada como desempenhou as funções de comandante do Destacamento de Engenharia do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-Quedista Reforçado, integrado no contingente nacional que participou na Força de Manutenção de Paz da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor Leste (UNTAET), de 7 de Fevereiro a 15 de Agosto de 2000.
Quer durante o período de preparação do Batalhão, quer durante o reconhecimento executado ao território em Janeiro de 2000, e durante toda a missão, sempre demonstrou um elevadíssimo sentido das responsabilidades, inexcedível zelo e elevada competência técnico-profissional amplamente demonstrada na forma como comandou o Destacamento em todas as missões que a esta subunidade foram cometidas, revelando qualidades de abnegação e de sacrifício exemplares, a par de um inabalável espírito de missão.
Dotado de exemplares dotes de carácter, cedo evidenciou uma notável capacidade de adaptação e integração plena na estrutura do Batalhão, aliada a um grande espírito de obediência e aptidão para bem servir nas diferentes circunstâncias, revelando em todos os actos de serviço ser um precioso colaborador do comando, designadamente pelo judicioso planeamento e emprego dos meios de engenharia, de acordo com as directivas superiores recebidas e na correcta utilização e cuidada manutenção que garantiu aos diversos equipamentos à sua responsabilidade.
É de destacar, por se revestir de essencial para o êxito da missão, o papel, nem sempre fácil, embora crucial para o apoio à reconstrução de Timor Lorosae, desempenhado pelo capitão Rocha Afonso nas diversas acções que de forma exemplar desenvolveu nesse âmbito. Salientam-se as acções de supervisão e acompanhamento permanente dos trabalhos executados em inúmeras infra-estruturas verticais e horizontais, cuja reparação ou reconstrução se revelou necessária, importante e indispensável para elevar o nível de aceitação da presença portuguesa no território, permitindo estreitar os laços de amizade com a população, bem como todos os cursos de formação profissional de que foi director, nomeadamente de pedreiro, carpinteiro, serralheiro e operador de equipamento pesado de engenharia ministrado a civis timorenses.
Praticando em elevado grau a virtude da lealdade, evidenciando uma esmerada educação e um aprumo e conduta irrepreensíveis, soube manter um excelente relacionamento humano, tornado-se credor de respeito e consideração de todos com quem privou, fossem eles subordinados ou superiores hierárquicos, revelando-se sempre digno de ocupar os postos de maior risco, pela afirmação constante de reconhecida coragem moral.
Pelas excepcionais qualidades e virtudes militares e humanas demonstradas, é o capitão Rocha Afonso digno de ser apontado ao respeito e consideração pública, devendo os serviços por si prestados ser considerados como relevantes e de elevado mérito, prestigiando desta forma o Exército e as forças Armadas Portuguesas.
21 de Agosto de 2000. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Gabriel Augusto do Espírito Santo, general.