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Louvor 551/2013, de 5 de Junho

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Sumário

Louva o coronel de infantaria Diogo Maria da Silva Pinto Sepulveda Velloso

Texto do documento

Louvor 551/2013

Louvo o Coronel de Infantaria, NIM 19801582, Diogo Maria da Silva Pinto Sepúlveda Velloso, pela forma altamente honrosa e brilhante como cumpriu as funções de Comandante do 5.º Contingente Nacional, quando esta Força integrou a International Security Assistance Force (ISAF) da NATO, no Teatro de Operações do Afeganistão, entre outubro de 2012 e maio de 2013.

Oficial muito distinto que se destaca pela sua irrepreensível formação moral e ética, evidenciou no desempenho das suas complexas funções, um conjunto de qualidades e virtudes militares excecionais, o que a par da sua conduta militar e determinação exemplares, o levaram a constituir-se como uma referência efetiva, não só para todos aqueles que serviram sob o seu comando, mas também para as demais Forças a operar na área de responsabilidade do Regional Command-Capital.

Como comandante de uma Força Nacional Destacada (FND) multidisciplinar, dispersa num ambiente operacional com forte atividade insurgente, o Coronel Sepúlveda Velloso soube interpretar e fazer cumprir de forma muito lúcida e serena as diretrizes e ordens atribuídas pelo escalão superior. Neste âmbito, é de toda a justiça destacar a sua elevada capacidade de decisão e uma competência técnico-profissional exemplar, qualidades reconhecidas quer no elevado nível técnico transmitido aos militares afegãos, pelas diversas componentes do Contingente Nacional, quer ainda na forma eficiente e rápida como soube adaptar o seu planeamento às múltiplas contingências operacionais que foram surgindo.

No cumprimento da sua missão o Coronel Sepúlveda Velloso pautou a sua conduta por um grande dinamismo, flexibilidade mental e uma determinação exemplar, atributos essenciais para a manutenção da coesão e espírito de corpo do Contingente Nacional, condições que garantiram o grande apreço e credibilidade junto das Afghan National Security Forces (ANSF) e dos contingentes multinacionais naquele Teatro de Operações.

Neste âmbito, foi notória a sua capacidade de lidar com as progressivas alterações do dispositivo da ISAF, com a consequente retração da Força e o encerramento antecipado de alguns dos Campos Militares, onde se encontravam militares portugueses. Salienta-se, ainda, a sua excecional conduta no processo de retração do contingente da GNR e das Forças alojadas em Camp Warehouse, onde, mercê da sua capacidade de liderança inata conseguiu congregar todos os esforços de modo a cumprir uma agenda deveras exigente. Neste processo, foi determinante a forma como o Coronel Sepúlveda Velloso se relacionou e cooperou com os Senior National Representatives (SNR) dos restantes destacamentos multinacionais, designadamente, com o espanhol em KAIA e o comando francês de Camp Warehouse, de onde saiu o Contingente Nacional.

As difíceis tarefas de alteração da localização das diversas componentes da Força Nacional Destacada, num ambiente operacional particularmente adverso, foram ainda condicionadas pela rapidez com que foi necessário determinar onde instalar a Military Advisor Team (MAT) da Kabul Capital Divison (MAT/KCD) e parte proporcional da Força de Proteção, que numa primeira fase ficaram em Camp Phoenix e posteriormente em Camp Blackhorse. Esta alteração, ditada por questões de segurança nos deslocamentos da MAT/KCD, necessários às suas funções de mentoring, só foi possível de concretizar, graças à forte determinação e à capacidade de persuasão do Coronel Sepúlveda Velloso nas difíceis negociações que teve que desenvolver com os representantes americanos dos dois Campos Militares envolvidos.

As qualidades pessoais e militares do Coronel Sepúlveda Velloso contribuíram decisivamente para que este processo decorresse com a fluidez possível, face às características do Teatro de Operações, garantindo a prontidão operacional de todas as componentes da FND e a manutenção do seu moral e bem-estar. O seu sentido de dever, indiscutível determinação e forte personalidade, fizeram com que facilmente adquirisse a consideração e a estima dos seus subordinados e dos elementos das Forças multinacionais com quem teve a oportunidade de lidar.

No exercício das suas funções é ainda de destacar o cuidado posto na manutenção das boas relações com os elementos das ANSF e no respeito pelas diferenças culturais, assegurando a projeção do bom nome de Portugal, em geral, e das suas Forças Armadas, em particular. Neste âmbito, é também de relevar o conjunto de atividades desenvolvidas pelo Coronel Sepúlveda Velloso no planeamento, preparação e conduta de cerimónias militares e das festividades nacionais, realizadas no Teatro de Operações, onde se incluem as múltiplas visitas de Altas Entidades, a cerimónia do Dia de Portugal e a empolgante cerimónia do último arrear da Bandeira Nacional em Camp Warehouse, materializando, desta forma, a derradeira presença de Portugal naquele emblemático Campo Militar da ISAF.

No cumprimento das suas funções o Coronel Sepúlveda Velloso identificou e corrigiu as situações com impacto na missão e propôs soluções consideradas como as mais capazes para garantir a resposta adequada às vulnerabilidades identificadas. O detalhe do cronograma das movimentações da FND, no âmbito do Plano FÉNIX e as propostas tendentes à substituição das viaturas HMMWV, por outras, consideradas como mais apropriadas face ao tipo de ameaça no TO, tornaram-se elementos preponderantes quer para a condução das operações, quer para o levantamento de modalidades de ação no que respeita à mobilidade e proteção da MAT/KCD.

Face ao anteriormente exposto, é de toda a justiça reconhecer publicamente as excecionais qualidades e virtudes militares e pessoais que creditam o Coronel Sepúlveda Velloso como um Oficial de elevadíssima craveira, que pautou sempre a sua atuação pela afirmação constante de elevados dotes de caráter, inata capacidade de liderança e um ímpar sentido de missão, devendo, por isso, os serviços por si prestados, serem considerados, extraordinários, relevantes e distintíssimos, de que resultou honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal.

24 de maio de 2013. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general.

207002282

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/1099811.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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