Louvo o Major de Artilharia, NIM 01685694, Simão Pedro da Costa de Sousa pela forma altamente honrosa e brilhante como desempenhou as suas funções de Staff Officer na Componente de Operações Especiais da NATO, no Afeganistão (NSOCC-A), de 21 de outubro de 2012 a 12 de maio de 2013.
O Major Costa de Sousa foi o primeiro militar português nomeado para o desempenho destas funções e o primeiro não americano colocado no Joint Operations Center (JOC), centro nevrálgico da conduta das operações especiais correntes no Afeganistão, por onde passa a informação e a decisão sobre as operações de ação direta e de assistência militar e onde se apoiam as operações de combate.
Esta é tradicionalmente uma área muito restrita, em termos de acesso à informação, pela exclusiva presença de militares das Forças Especiais Americanas, com larga experiência no Teatro de Operações do Afeganistão, a operar naquele centro. Esse ambiente restrito e de acesso condicionado à informação, aliado à dificuldade de ligação ao restante Contingente Nacional acentuaram muito claramente o isolamento em que se encontrou no início do desempenho das suas funções e que representou um desafio acrescido.
Convicto e conhecedor da importância do bom cumprimento das suas funções para a imagem dos militares portugueses neste âmbito, o Major Costa de Sousa manteve sempre uma postura de elevado profissionalismo, ao qual juntou uma total entrega e disponibilidade para o serviço. Com a discrição e eficácia que caracterizam as Forças de Operações Especiais Portuguesas, não só cumpriu rigorosamente o que lhe foi solicitado como suplantou as expectativas, criando ferramentas que permitiram a visualização geográfica das operações, das respetivas ocorrências e fluidez da informação, que se constitui como um instrumento crucial de apoio à decisão.
Ciente da responsabilidade do seu desempenho, demonstrou que um ambiente naturalmente fechado não o impediu de utilizar da sua própria criatividade, faculdade que implica que o militar esteja plenamente convicto de si mesmo e entregue ao valor da sua Missão e portanto intelectualmente livre para o uso das suas melhores próprias qualidades pessoais. Desta forma o Major Costa de Sousa foi merecendo a plena confiança dos militares americanos que guarneciam o JOC e passou a apresentar ele próprio ao general Comandante a situação diária, tarefa de enorme responsabilidade, nomeadamente para um Oficial nas suas circunstâncias.
No final da sua missão, o Major Costa de Sousa foi alvo dos mais rasgados elogios dos seus superiores funcionais, demonstrando ser um exemplo para todos os seus camaradas internacionais, pela afirmação de uma notável postura profissional e pessoal que trouxe, em todos os casos referidos, honra e lustre para as Forças Armadas Portuguesas e para Portugal, devendo por isso, os serviços por si prestados, serem considerados extraordinários, relevantes e distintos.
24 de maio de 2013. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general.
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