Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda

Decreto 27/95, de 22 de Julho

Partilhar:

Sumário

APROVA O ACORDO NO DOMÍNIO DA PROTECÇÃO CIVIL ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA FRANCESA, ASSINADO EM LISBOA A 15 DE FEVEREIRO DE 1995, CUJAS VERSÕES AUTÊNTICAS NAS LÍNGUAS PORTUGUESA E FRANCESA SAO PUBLICADAS EM ANEXO.

Texto do documento

Decreto 27/95
de 22 de Julho
Nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 200.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo único. É aprovado o Acordo no Domínio da Protecção Civil entre a República Portuguesa e a República Francesa, assinado em Lisboa a 15 de Fevereiro de 1995, cujas versões autênticas nas línguas portuguesa e francesa seguem em anexo ao presente decreto.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Junho de 1995. - Aníbal António Cavaco Silva - Manuel Dias Loureiro - José Manuel Durão Barroso.

Assinado em 21 de Junho de 1995.
Publique-se.
O Presidente da República, MÁRIO SOARES.
Referendado em 24 de Junho de 1995.
O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA FRANCESA NO DOMÍNIO DA PROTECÇÃO CIVIL

O Governo da República Portuguesa e o Governo da República Francesa, a seguir denominados «as Partes»:

Conscientes do perigo que representam para os dois Estados as catástrofes naturais e os acidentes tecnológicos de grandes proporções;

Convencidos da necessidade de desenvolver uma cooperação entre os organismos competentes dos dois Estados no domínio da protecção civil;

acordam no seguinte:
CAPÍTULO I
Cooperação no domínio da protecção civil
Artigo 1.º
A cooperação estabelecida entre as Partes consiste, nomeadamente, na previsão e prevenção dos riscos naturais e tecnológicos, na formação dos agentes de protecção civil e na assistência mútua em caso de catástrofe ou acidente grave.

Artigo 2.º
Portugal e França acordam em desenvolver uma cooperação conjunta no domínio da protecção civil, nomeadamente através:

Do estudo dos problemas de interesse comum em matéria de previsão, prevenção, avaliação e gestão das situações de catástrofe;

Do intercâmbio de peritos e especialistas, bem como da troca de informação e documentação em tudo o que diz respeito à protecção civil;

De acções de formação dos agentes de protecção civil;
De reuniões e seminários destinados aos agentes de protecção civil;
De exercícios operacionais conjuntos.
Artigo 3.º
1 - Para a promoção e desenvolvimento da previsão, prevenção e assistência mútua em caso de catástrofe ou acidente grave, as Partes Contratantes acordam em estabelecer contactos regulares, trocando todas as informações úteis e promovendo reuniões periódicas.

2 - As acções levadas a cabo no âmbito da cooperação entre as duas Partes serão definidas e postas em prática no quadro de uma comissão mista composta pelos representantes da Direction de la Sécurité Civile e do Serviço Nacional de Protecção Civil, que reunirá periodicamente.

Este organismo poderá reunir a pedido de uma das Partes.
3 - Cabe à comissão mista a elaboração dos projectos de acordo previstos no artigo 14.º e o projecto de acordo tripartido previsto no artigo 15.º do presente Acordo.

Artigo 4.º
1 - Portugal e França acordam em desenvolver a cooperação no domínio da prevenção dos riscos naturais e tecnológicos.

2 - O seu teor e modalidades serão definidos no quadro da comissão mista.
Artigo 5.º
1 - Em matéria de formação, a cooperação pode revestir a forma de estágios de especialistas de um dos Estados contratantes em organismos e escolas de protecção civil do outro Estado contratante.

2 - Pode ainda ser levada a cabo através de acções de formação realizadas por formadores de um dos Estados no território do outro, dando resposta às necessidades deste.

3 - Nos casos que exijam competências especiais, podem ser designados peritos para desempenhar estas missões.

4 - Os direitos e as obrigações deste pessoal, bem como as condições da sua estada, serão fixados de comum acordo.

5 - O teor e as modalidades da cooperação no domínio da formação são definidos no quadro da comissão mista.

CAPÍTULO II
Assistência mútua em caso de catástrofe ou acidente grave
Artigo 6.º
1 - Cada uma das Partes Contratantes compromete-se a prestar assistência à outra em caso de catástrofe ou acidente grave, na medida das suas possibilidades e nos termos das disposições do presente Acordo.

2 - As autoridades das Partes Contratantes competentes para solicitar e desencadear as medidas de prestação de socorro são:

a) Pela República Portuguesa: o Serviço Nacional de Protecção Civil;
b) Pela República Francesa: a Direction de la Sécurité Civile.
Artigo 7.º
1 - A assistência será prestada através do envio de equipas de socorro para o local da catástrofe ou acidente grave, cujos membros possuam uma formação especial, nomeadamente nos domínios do combate a incêndios, da luta contra os perigos nucleares e químicos, do socorrismo, do salvamento em caso de aluimento ou obstrução, e que disponham de material especializado necessário ao desempenho das suas tarefas. O envio destas equipas pode ser precedido de uma missão de reconhecimento e avaliação da situação.

As equipas de socorro podem ser enviadas por via terrestre, aérea, fluvial ou marítima.

2 - Sempre que as circunstâncias assim o exijam, pode ser solicitada a intervenção de meios específicos, nomeadamente aéreos.

Artigo 8.º
1 - A direcção das operações de salvamento e de prestação de socorros incumbe sempre às autoridades da Parte requerente.

2 - As instruções destinadas às equipas de socorro da Parte Contratante requerida serão exclusivamente transmitidas aos seus responsáveis, que determinarão os pormenores de execução ao pessoal sob sua subordinação. As autoridades competentes da Parte Contratante requerente indicarão no pedido de socorro, sempre que possível, as tarefas que pretendem confiar às equipas de socorro da Parte Contratante requerida.

3 - O pessoal que integra as equipas de socorro terá livre acesso a todos os locais onde a sua intervenção for considerada necessária.

Artigo 9.º
1 - Para garantir a eficácia e a celeridade necessárias a uma missão de socorro, as Partes Contratantes comprometem-se a reduzir ao mínimo indispensável as formalidades de passagem nas fronteiras.

2 - O responsável de uma equipa de socorro deve apenas ser portador de um documento comprovativo da missão de socorro, do tipo de unidade e do número dos elementos que a formam. Este documento é emitido pela autoridade à qual a unidade se encontra subordinada.

Artigo 10.º
1 - Para efeitos do presente artigo e do artigo 12.º, entende-se por:
«Objecto de equipamento»: o material, os veículos e o equipamento pessoal que será utilizado pelas equipas de socorro;

«Meios de socorro»: os elementos do equipamento suplementares e outros bens trazidos e destinados a ser utilizados pelas equipas de socorro em cada missão;

«Bens de exploração»: os bens consumíveis necessários à utilização dos objectos de equipamento e ao aprovisionamento das equipas.

2 - As Partes Contratantes facilitarão a passagem nas fronteiras dos objectos de equipamento, meios de socorro e bens de exploração necessários às missões de socorro e propriedade das equipas de socorro enviadas nos termos do artigo 7.º do presente Acordo.

3 - O responsável de uma equipa de socorro deverá ser portador de uma lista sumária dos objectos de equipamento, meios de socorro e bens de exploração transportados, a qual será certificada, excepto em caso de urgência, pela autoridade à qual está subordinada a equipa de socorro.

4 - Os meios de socorro e bens de exploração transportados estão isentos de qualquer taxa de importação, na medida em que sejam consumidos no desempenho das missões de socorro.

Os objectos de equipamento bem como os meios de socorro e bens de exploração que não sejam utilizados no desempenho das missões de socorro devem ser reenviados para o território da Parte Contratante requerida.

Se circunstâncias especiais não o permitirem, a autoridade responsável pelas missões de socorro deverá ser informada e notificada a este respeito.

5 - As proibições e restrições relativas à circulação transfronteiriça de mercadorias não são aplicáveis aos bens, objectos e meios definidos no n.º 1 do presente artigo. Os estupefacientes só podem ser transportados para dar resposta a uma necessidade médica urgente e só podem ser utilizados por pessoal médico qualificado, agindo no respeito das disposições legais da Parte Contratante requerida, sem prejuízo do direito de a Parte Contratante requerente proceder ao seu controlo no terreno.

Artigo 11.º
1 - Cada uma das Partes Contratantes autoriza as aeronaves utilizadas pela outra Parte a sobrevoar o seu território, bem como a nele aterrar e descolar, inclusivamente fora da área dos aeródromos.

2 - A intenção de recorrer a aeronaves deve ser levada de imediato ao conhecimento das autoridades competentes, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º, indicando, com a maior exactidão possível, os dados de identificação da aeronave, a tripulação, a carga, a hora da partida, o itinerário previsto e o local de aterragem.

3 - Sem prejuízo do disposto no número anterior do presente artigo, é aplicável a legislação de cada uma das Partes Contratantes relativa à circulação aérea, nomeadamente a obrigação de transmitir aos órgãos de controlo competentes as informações sobre os voos.

Artigo 12.º
1 - Os custos da assistência prestada pelas equipas de socorro da Parte Contratante requerida nos termos do artigo 7.º do presente Acordo, incluindo as despesas decorrentes da perda ou destruição total ou parcial dos objectos transportados, não serão suportadas pelas autoridades da Parte Contratante requerente.

Quando forem postas em prática outras formas de assistência, nos termos do n.º 2 do artigo 7.º, a Parte Contratante poderá exigir o reembolso integral dos custos apresentados por esse motivo.

2 - Não obstante, a alimentação e o alojamento das equipas de socorro da Parte Contratante requerida durante o tempo em que durar a missão ficam a cargo da Parte Contratante requerente, e os bens de exploração ser-lhe-ão fornecidos, quando os materiais transportados por aquelas se esgotem. Devem ainda receber, sempre que se justifique, toda a assistência médica necessária.

Artigo 13.º
1 - Cada uma das Partes Contratantes renuncia a qualquer pedido de indemnização contra a outra Parte Contratante no caso de danos causados aos bens que lhe pertencem, se o dano for provocado por um membro de uma equipa de socorro da outra Parte Contratante no desempenho da sua missão em execução do presente Acordo.

2 - Cada uma das Partes Contratantes renuncia a qualquer pedido de indemnização, a seu favor e a favor das suas subdivisões políticas ou administrativas, contra a outra Parte Contratante, com fundamento em qualquer prejuízo sofrido por um membro de uma equipa de socorro ferido ou morto no desempenho da sua missão levada a cabo em execução do presente Acordo.

3 - Se no território da Parte Contratante requerente for causado um dano a terceiros por facto cometido por um membro de uma equipa da Parte Contratante requerida ou causado por uma coisa em poder ou sob a guarda de um dos membros dessa equipa no cumprimento da sua missão, a Parte Contratante requerente é responsável pelo ressarcimento do dano nos termos aplicáveis ao ressarcimento de danos causados pelas suas equipas de socorro.

Artigo 14.º
As Partes Contratantes celebrarão os protocolos necessários à execução do presente Acordo relativos à assistência mútua e, nomeadamente, à utilização dos meios aéreos previstos no n.º 2 do artigo 7.º

Artigo 15.º
As Partes Contratantes reconhecem a necessidade de celebrar com Espanha um acordo tripartido relativo às modalidades de trânsito das equipas de socorro pelo território espanhol.

CAPÍTULO III
Disposições finais
Artigo 16.º
Os litígios relativos à aplicação do presente Acordo serão resolvidos pelas Partes por via negocial.

Artigo 17.º
1 - Cada uma das Partes Contratantes notifica a outra sobre o cumprimento das formalidades constitucionais necessárias à entrada em vigor do presente Acordo, que produz efeitos a partir do 30.º dia a contar da data da última notificação.

2 - As Partes Contratantes comprometem-se a transmitir o texto do presente Acordo à Comissão da União Europeia.

3 - O presente Acordo tem duração ilimitada.
Poderá ser denunciado a qualquer momento por qualquer das Partes, com pré-aviso de seis meses.

Feito em Lisboa, aos 15 dias do mês de Fevereiro de 1995, em dois exemplares, em língua portuguesa e francesa, fazendo ambos os textos igualmente fé.

Pelo Governo da República Portuguesa:
Manuel Joaquim Dias Loureiro, Ministro da Administração Interna.
Pelo Governo da República Francesa:
Charles Pasqua, Ministro de Estado, Ministro do Interior e do Ordenamento do Território.


ARRANGEMENT ENTRE LA RÉPUBLIQUE FRANÇAISE ET LA RÉPUBLIQUE PORTUGAISE DANS LE DOMAINE DE LA SÉCURITÉ CIVILE.

Le Gouvernement de la République Française et le Gouvernement de la République Portugaise, ci-après dénommés les Parties:

Conscients du danger que représentent pour les deux Etats les catastrophes naturelles et les accidents technologiques majeurs;

Convaincus de la nécessité de développer une coopération entre les organismes compétents des deux Etats dans le domaine de la sécurité civile;

sont convenus de ce qui suit:
CHAPITRE I
Cooperation dans le domaine de la sécurité civile
Article premier
La coopération établie par les Parties portera notamment sur la prévision et la prévention des risques naturels et technologiques, la formation des acteurs de la sécurité civile et l'assistance mutuelle en cas de catrastrophes ou d'accidents graves.

Article 2
La France et le Portugal conviennent de développer leur coopération dans le domaine de la sécurité civile notamment par:

L'étude des problèmes d'intérêt commun en matière de prévision, de prévention, d'évaluation et de gestion des situations de catastrophes;

Des échanges d'experts et de spécialistes ainsi que des échanges d'information et de documentation pourtout ce qui concerne la sécurité civile;

Des actions de formation des acteurs de sécurité civile;
Des réunions et des séminaires destinés aux acteurs de la sécurité civile;
Des exercices opérationnels en commun.
Article 3
1 - Pour promouvoir et développer la prévision, la prévention et l'assistance mutuelle em cas de catastrophes ou accidents graves, les Parties contractantes conviennent d'établir des contacts réguliers en échangeant toutes les informations utiles et en prévoyant des réunions périodiques.

2 - Les actions relevant de la coopération entre les deux Parties seront arrêtées et mises en ouevre dans le cadre d'une commission mixte composée des représentants de la Direction de la Sécurité Civile et du Service National de Protection Civile et réunie régulièrement.

Cette instance pourra être réunie à la demande d'une des Parties.
3 - La commission mixte élabore les projects d'arrangements prévus à l'article 14 et le projet d'accord tripartite prévu à l'article 15 du présent Arrangement.

Article 4
La France et le Portugal conviennent de développer leur coopération dans le domaine de la prévention des risques naturels et technologiques.

Son contenu et ses modalités sont arrêtés dans le cadre de la commission mixte.

Article 5
En matière de formation, la coopération peut prendre la forme d'envoi en stage de spécialistes de chaque Etat dans les organismes et les écoles de sécurité civile de l'autre Etat contractant.

Elle peut en outre s'exercer par l'envoi en mission de formateurs qui dispenseront dans l'autre Etat un enseignement approprié aux besoins exprimés par celui-ci.

Dans le cas exigeant des compétences particulières, des experts peuvent être désignés pour remplir ces missions spécifiques.

Les droits et obligations de ces personnels ainsi que leurs conditions de sejour sont fixés d'un commun accord.

Le contenu et les modalités de cette coopération dans le domaine de la formation sont arrêtées dans le cadre de la commission mixte.

CHAPITRE II
Assistance mutuelle en cas de catastrophes ou d'accidents graves
Article 6
1 - Chaque Partie contractante s'engage à prêter assistance à l'autre Partie contractante en cas de catastrophes ou accidents graves, dans la limite de ses possibilités et conformément aux dispositions du présent Arrangement.

2 - Les autorités des Parties contractantes compétentes pour demander et déclencher les mesures de secours sont:

a) Pour la République Française: la Direction de la Sécurité Civile;
b) Pour la République Portugaise: Le Service National de Protection Civile.
Article 7
1 - L'assistance sera fournie par l'envoi sur le lieu de la catastrophe ou de l'accident grave d'equipes de secours qui ont reçu une formation spéciale, notamment dans les domaines de la lutte contre les incedies, de la lutte contre les dangers nucléaires et chimiques, du secourisme, du sauvetage déblaiement, et qui disposent du matériel spécialisé nécessaire à leurs tâches. Leur e4voi pourra être précédé d'une mission de reconnaissance et d'évaluation.

Les équipes de secours pourront être envoyées par voie terrestre, aérienne, fluviale ou maritime.

2 - Dans le cas où les circonstances l'exigeraient, l'intervention de moyens spécifiques, notamment aériens, pourra être demandée.

Article 8
1 - Il incombe dans tous les cas aux autorités de la Partie requérante de diriger les opérations de sauvetage et de secours.

2 - Les instructions destinées aux équipes de secours de la Partie contractante requise seront transmises exclusivement à leurs chefs qui règlent les détails d'exécution vis-à-vis du personnel qui leur est subordonné. Les autorités compétentes de la Partie contractante requérante exposent, si possible, dans la demande de secours les tâches qu'elles entendent confier aux équipes de secours de la Partie contractante requise.

3 - Les personnels des équipes de secours ont libre accès en tous lieux réclamant leur intervention.

Article 9
1 - Pour assurer l'éfficacité et la rapidité nécessaires à une mission de secours, les Parties contractantes s'engagent à limiter au minimum indispensable les formalités de franchissement de frontières.

2 - Le chef d'une équipe de secours doit seulement être porteur d'un certificat attestant la mission de secours, le type d'unité et le nombre de personnes qui en font partie. Ce certificat est délivré par l'autorité à laquelle l'unité est subordonnée.

Article 10
1 - Au sens du présent article et de l'article 12, on entend par:
«Object d'équipemment»: le matériel, les véhicules et l'equipement personnel destinés à être utilisés par les équipes de secours;

«Moyens de secours»: les éléments d'équipement supplémentaires et d'autres marchandises emportés pour chaque mission et destinés à être utilisés par les équipes de secours;

«Biens d'exploitation»: les marchandises nécessaires à l'utilisation des objects d'equipement et au ravitaillement des équipes.

2 - Les Parties contractantes faciliteront le franchissement de la frontière pour les objets d'équipement, moyens de secours et biens d'exploitation nécessaires aux missions de secours et appartenant aux équipes de secours envoyées conformément à l'article 7 ci-dessus.

3 - Le chef d'une équipe de secours doit être muni d'un état sommaire des objects d'equipement, moyens de secours et biens d'exploitation emportés, attesté, sauf cas d'urgence, par l'autorité à laquelle est subordonnée l'équipe de secours.

4 - Les moyens de secours et biens d'exploitation emportés sont exempts de toute taxe d'entrée dans la mesure où ils sont consommés lors des missions de secours.

Les objets d'équipement ainsi que les moyens de secours et biens d'exploitation qui n'ont pas été utilisés lors de la mission de secours doivent être réacheminés vers le territoire de la Partie contractante requise.

Si des circonstances particulières ne le permettent pas, l'autorité responsable des missions de secours devra en être informée.

5 - Les interdictions et les retrictions relatives à la circulation transfrontière des marchandises ne sont pas applicables aux biens, objets ou moyens définis au paragraphe 1 ci-dessus. Les stupéfiants ne peuvent être emportés que pour répondre à un besoin médical urgent et ne peuvent être utilisés que par un personnel médical qualifié agissant conformément aux dispositions légales de la Partie contractante requise. Il n'est pas porté atteinte pour autant au droit de la Partie contractante requérant de procéder à un contrôle sur les lieux.

Article 11
1 - Chaque Partie contractante autorise les aéronefs utilisés par l'autre Partie contractante à survoler son territoire ainsi qu'à y atterrir et décoller même en dehors des aérodromes.

2 - L'intention de faire appel à des aéronefs doit être portée sans délai à la connaissance des autorités compétentes selon l'article 6, paragraphe 2, ci-dessus avec indication aussi exacte que possible du type et de la marque d'immatriculation de l'aéronef, de l'équipage, du chargement, de l'heure de départ, de l'itinéraire prévu et du lieu d'atterrissage.

3 - Sous réserve des dispositions du précédent paragraphe du présent article, la législation de chaque Partie contractante relative à la circulation aérienne demeure applicable, notamment l'obligation de transmettre aux organes de contrôle compétents les renseignements sur les vols.

Article 12
1 - Les frais de l'assistance fournie par les équipes de secours de la Partie contractante requise conformément à l'article 7 ci-dessus, y compris les dépenses provenant de la perte et de la destruction totale ou partielle des objets emportés ne sont pas pris en charge pas les autorités de la Partie contractante requérante.

Dans le cas où d'autres formes d'assistance sont mises en oeuvre conformément au second paragraphe de l'article 7, la Partie contractante pourra exiger le remboursement intégral des frais exposés à cette occasion;

2 - Toutefois, les équipes de secours de la Partie contractante requise seront nourries, logées, pendant la durée de leur mission, aux frais de la Partie contractante requérante, et approvisionnées en biens d'exploitation dans la mesure où les stocks emportés seront épuisés. Elles devront également recevoir, en cas de besoin, toute l'assistance médicale nécessaire.

Article 13
1 - Chaque Partie contractante renonce à toute demande d'indemnisation à l'encontre de l'autre Partie contractante en cas de dommages aux biens lui appartenant si le dommage a été causé par un membre d'une équipe de secours de l'autre Partie contractante dans l'accomplissement de sa mission en exécution du présent Arrangement.

2 - Chaque Partie contractante renonce pour elle et ses subdivisions politiques ou administratives, à toute demande d'indemnisation à l'encontre de l'autre Partie contractante, fondée sur le préjudice subi par un membre d'une équipe de secours blessé ou décédé dans l'accomplissement de sa mission en exécution du présent Arrangement.

3 - Si, sur le territoire de la Partie contractante requérante, un dommage est causé à un tiers par un membre d'une équipe de la Partie contractante requise ou d'une chose placée sous la garde d'un des membres de cette équipe dans l'accomplissement de sa mission, la Partie contractante requérante est responsable du dommage selon les dispositions qui s'appliqueraient si ce dommage avait été causé par ses propres équipes de secours.

Article 14
Les Parties concluront les arrangements particuliers nécessaires à l'exécution des dispositions du présent Arrangement relatives à l'assistance mutuelle et notamment à l'utilisation des moyens aériens prévu au paragraphe 2 de l'article 7.

Article 15
Les Parties contractantes reconnaissent la nécessité de conclure avec l'Espagne un accord tripartite concernant les modalités de transit des équipes de secours par le territoire espagnol.

CHAPITRE III
Clauses finales
Article 16
Tous les différends relatifs à l'application du présent Arrangement seront réglés par les Parties par la voie de la négociation.

Article 17
1 - Chaque Partie contractante notifie à l'autre l'accomplissement des formalités constitutionnelles requises en ce qui la concerne pour l'entrée en vigueur du présent Arrangement qui prendra effet le trentième jour suivant la date de la dernière notification.

2 - Les Parties contractantes s'engagent à transmettre le texte du présent Arrangement à la Commission de l'Union Européenne.

3 - Le présent Arrangement est signé pour une durée ilimitée.
Avec un préavis de six mois, le présent Arrangement pourra être dénoncé à tout moment par chaque Partie.

Fait à Lisbonne, le quinze Février 1995, en deux exemplaires, chacun en langues française et portugaise, les deux textes faisant également foi.

Pour le Gouvernement de la République Française:
Charles Pasqua, Ministre d'Etat, Ministre de l'Intérieur et de l'Aménagement du Territoire.

Pour le Gouvernement de la République Portugaise:
Manuel Joaquim Dias Loureiro, Ministre de l'Administration Interne.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/67908.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

O URL desta página é:

Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda