Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda

Portaria 840/2011, de 30 de Novembro

Partilhar:

Sumário

Admissão de cadetes candidatos à Escola Naval

Texto do documento

Portaria 840/2011

Ao abrigo do artigo 8.º do decreto-lei 233/09, de 15 de Setembro, manda o Chefe do Estado-Maior da Armada:

1.º De harmonia com o preceituado no artigo 187.º do Regulamento da Escola Naval (Portaria 471/86 de 28 de Agosto) admitir, em 14 de Outubro de 2011, como cadetes do curso "Contra-Almirante Joaquim de Almeida Henriques" os cadetes-candidatos a seguir mencionados os quais foram classificados conforme o estabelecido no artigo 188.º do Regulamento acima referido pela ordem seguinte:

Marinha

1 - José Pedro Murta Cunha, 20311.

2 - Adriano Moreira do Vale, 20511.

3 - Pedro Miguel Parreirinha Santana, 20811.

4 - Pedro Miguel da Encarnação Carolas, 20911.

5 - João Diogo Santos Piteira, 21011.

6 - Tiago Póvoa Falé, 21211.

7 - Francisco Miguel Brito Soares, 21511.

8 - João Paulo Serafim Lobato, 21711.

9 - João Pedro Ferreira dos Santos Bica, STEN FZ RC, 9601309.

10 - Nádia Nogueira Marques, 21811.

11 - Yuliya Andrevna Petrova, 21911.

12 - Nuno Filipe Torcato Faustino, 22011.

13 - João Pedro da Cruz Basso, 22311.

14 - Adriano Nuno Pereira da Silva, 22411.

15 - João Nuno Rodrigues Rubina, 22511.

16 - Ricardo Antunes Afonso, 22611.

17 - Cláudio Alexandre Colaço Cosme, 22711.

18 - João Miguel Jorge Barros, 22811.

19 - Hugo Miguel D'Assunção Mascarenhas de Almeirim Bravo, 22911.

20 - Tiago Filipe Correia Faísca, 23311.

21 - João André Pinto Gonçalves, 23411.

22 - Rui Manuel Pires da Silva, 23511.

23 - Ricardo José Vales Rodrigues, 23611.

24 - Ricardo Filipe Reis Faria, 23711.

25 - Tomás Pedro Colares Pereira da Silveira Botelho, 23811.

26 - Mário André Correia Caeiro, 23911.

27 - Bruno Miguel Mendonça Pereira, 2MAR L RC, 9319808.

28 - Gonçalo José de Melo Zananar, 24511.

29 - Tiago André de Oliveira Seixinho, 24611.

30 - Gonçalo José Fialho Fernandes e Melo do Cruzeiro, 24711

Administração Naval

1 - Maria Ofélia Moreira da Rocha, 20411.

2 - Pedro Miguel Mendes Quina, 20711.

3 - Diogo do Peso Catalão, 22111.

4 - Raquel Andreia Martins Brigas, 22211.

5 - Pedro Guilherme Martins Ferreira, 23111.

Engenheiros Navais

1 - Pedro Miguel de Castro Fernandes, 20611EN-MEC.

2 - Salomé de Jesus Vieira, 21111EN-AEL.

3 - Eduardo José Varela Simões, 21411EN-MEC.

4 - Gonçalo Daniel Castanheira Rosa, 23011EN-AEL.

5 - Rafael de Castro Adriano Fernandes Rodrigues, 23211EN-AEL.

6 - Pedro Miguel Sampaio Pereira, 24011EN-AEL.

7 - Miguel Alexandre de Brito Marques, 24111EN-MEC.

8 - Vanessa da Costa Martins, 24211EN-MEC.

9 - Cláudio Micael Freitas Ferraz, 24311EN-MEC.

10 - André Diogo de Sousa Camarinha, 24411EN-MEC.

Fuzileiros

1 - Miguel Ângelo de Brito Araújo 2SAR ETA QP, 9345205.

2 - Fábio João Passe Bem Azinheirinha, 21311.

Médicos Navais

1 - Cristiano da Silva Gante, 20111.

2 - Helena Sofia Fonseca Paiva de Sousa Teles, 20211.

2.º Adoptar como patrono para os referidos cursos, de acordo com o disposto no artigo 178.º do Regulamento da Escola Naval, o "Contra-Almirante Joaquim de Almeida Henriques":

Nascido a 28 de Maio de 1875, em Leiria, ingressou na Escola Naval em Novembro de 1893, como aspirante de marinha de 2.ª classe, e foi promovido a guarda-marinha em Outubro de 1895. Após a promoção a 2.º tenente, em Junho de 1898, esteve embarcado em unidades navais em serviço na costa de Angola e nos mares do Continente.

No ano de 1907, na Escola de Torpedos e Electricidade, de Vale de Zebro, especializou-se em oficial torpedeiro e logo em Março do ano seguinte destacou para o cruzador "Adamastor", que em Julho e Agosto permaneceu em Timor, tendo ficado a seguir atribuído à Divisão Naval do Índico. Promovido a 1.º tenente, em Setembro de 1908, assumiu o cargo de oficial imediato do cruzador, que regressou a Lisboa em Julho de 1909. Em Janeiro de 1910 foi nomeado para uma comissão encarregue de efectuar a revisão do Regulamento da Administração da Fazenda Naval. Foi a primeira das muitas comissões de que fez parte ao longo da sua carreira. De salientar que em Novembro de 1910 integrou um grupo de trabalho para propor a Reorganização da Armada, facto que demonstra que o seu mérito era igualmente reconhecido pelo recém implantado regime republicano.

Entretanto, o submersível surgiu como um novo meio operacional, pelo que um navio deste tipo tinha sido encomendado, em Junho de 1910, pelo Comandante João Coutinho, Ministro da Marinha, numa ocasião em que esta arma ainda não estava suficientemente provada.

Os submersíveis ficariam indelevelmente associados à carreira do Tenente Almeida Henriques que, em 1912, seguiu para Itália a fim de acompanhar a construção e o aprontamento daquele que seria o seu primeiro comando, o submersível "Espadarte". No dia 15 de Abril de 1913 realizou-se a entrega formal do "Espadarte", que largou de La Spézia a 4 de Maio e depois de uma muito atribulada viagem em que percorreu 1.400 milhas, sem escolta, sofrendo longos períodos de mau tempo e sucessivas avarias, obrigando-o a arribar a vários portos, demandou o porto de Lisboa em 5 de Agosto de 1913. Foi então louvado "pelo zelo e proficiência com que se houve no período de prompdificação e experiências no Espadarte e pelo denodado esforço e coragem como o conduziu de Spézia ao porto de Lisboa".

Dotado de elevadas qualidades profissionais, são de destacar as de carácter, bem demonstradas quando a 14 de Maio de 1915, em Lisboa, travaram-se graves confrontos, liderados pela Marinha, com vista a provocar a queda do Governo do General Pimenta de Castro. Era vontade de alguns membros desse Governo que o "Espadarte" intimidasse os marinheiros revoltosos enviando uma mensagem rádio para que se rendessem, caso necessário o submersível mostrar-se-ia à esquadra e imergia com instruções de, em última instância, atacar uma unidade sublevada de menor valor, se nenhuma das ameaças tivesse resultado. A ordem não foi cumprida pois o comandante do "Espadarte", dotado de profundo espírito humanitário e de justiça aliado à solidariedade com a instituição que dedicadamente servia, não quis cobrir o navio com o sangue dos seus camaradas de armas.

Face aos excelentes resultados obtidos pelo "Espadarte", em finais de 1915 o Governo Português encomendou em Itália mais três submersíveis: o"Foca", o "Golfinho" e o "Hidra", que largaram do porto de La Spézia em Dezembro de 1917. Em plena Grande Guerra e após cruzarem o Mediterrâneo, enfrentando fortes intempéries, em zonas infestadas por submarinos inimigos tendo até presenciado o torpedeamento de navios mercantes nas suas proximidades, chegaram a salvo a Lisboa em Fevereiro de 1918. Comandava então o "Golfinho" o Comandante Almeida Henriques (tinha sido promovido em Outubro), que passou a comandar a Esquadrilha de Submersíveis, constituída pelo "Espadarte" a que se juntaram as três novas unidades. Em 1918 ficou concluída a Estação de Submersíveis, instalada na Doca de Belém, em cujo projecto tinha participado, assim como o Regulamento da Esquadrilha de Submersíveis da sua autoria.

Por Decreto de Janeiro de 1920 foi agraciado com o grau de oficial da Ordem da Torre e Espada, "atendendo aos relevantes serviços prestados durante o Estado de Guerra como Comandante de Esquadrilha de Submersíveis e Comandante do"Golfinho".

Promovido a capitão-de-fragata em Abril de 1920, deixou nesse mês o comando do "Golfinho" e, em Maio de 1922, o da Esquadrilha.

Após um período de dois anos, em que foi sucessivamente Capitão do Porto da Nazaré e prestou serviço nas Repartições dos Serviços Marítimos e da Marinha Mercante, regressou aos submersíveis para desempenhar o cargo mais elevado nessa área, o de Director do Serviço de Submersíveis, onde se manteve até Março de 1933, quando ocorreu a sua promoção a capitão-de-mar-e-guerra.

Os seus profundos conhecimentos sobre a arma submarina foram mais uma vez comprovados quando, em Maio, ficou encarregue da fiscalização de submersíveis a construir em Inglaterra ("Delfim", "Espadarte II" e "Golfinho II" que iriam constituir a II Esquadrilha) e em acumulação, a partir de Agosto, com o cargo de Chefe da Missão dos Avisos de 1.ª classe, igualmente em construção naquele país.

Com a chegada dos novos submersíveis a Lisboa, em inícios de 1935, terminou para o Comandante Almeida Henriques o seu inestimável contributo para a integração dos submersíveis na Marinha Portuguesa, sendo notável a divulgação que fez da importância e da necessidade dos submersíveis, especialmente através de uma muito vasta colaboração nos Anais do Clube Militar Naval, iniciada em 1915 com o artigo "Navegação Submarina", tema da maioria dos seus trabalhos que foram publicados ao longo de três décadas.

Foi igualmente responsável nos Anais, de 1927 a 1933, pela secção "Crónica naval - Submarinos" e recebeu o "Prémio Almirante Augusto Osório" em 1937, por escritos da sua autoria na Revista Militar.

Exerceu depois cargos superiores de Direcção e Administração. Assim, foi Director e 1.º Comandante da Escola Naval durante o primeiro semestre de 1936, contribuindo com o seu elevado sentido de organização para o êxito da transferência da Escola para o Alfeite, que se efectuou em Outubro desse ano, conforme planeado. Desde sempre ligado às actividades desportivas, foi também Director da Educação Física da Armada.

Após a sua promoção a contra-almirante, em Maio de 1937, foi sucessivamente Sub-chefe e Chefe do Estado-Maior Naval e Superintendente dos Serviços da Armada.

A presidência do Supremo Tribunal da Marinha, exercida de 1938 a 1940, ano em que passou à situação de reserva, foi o último cargo da sua brilhante carreira naval.

Além da Ordem da Torre e Espada, já referida, foi igualmente agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Avis, com as medalhas da Ordem da Corôa de Itália, da Cruz de Guerra concedida pelo Governo Italiano, a militar de prata de Bons Serviços, de prata "Rainha D. Amélia", a comemorativa do Exército Português com a legenda "No mar 1916-17-18", a da Vitória e a de ouro de Comportamento Exemplar.

O Contra-Almirante Joaquim de Almeida Henriques, "O pai dos submersíveis da Marinha Portuguesa", faleceu em Lisboa a 26 de Setembro de 1945.

23 de Novembro de 2011. - O Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, José Carlos Torrado Saldanha Lopes, almirante.

205391493

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/1292431.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

O URL desta página é:

Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda